Vivemos na era das “buzzwords” — palavras que entram na moda e se instalam no discurso. Do disruptivo ao impactante, do engajamento à sustentabilidade, talvez arrisque dizer que a empatia está no top 3 desta lista.
Hoje, é raro participar num diálogo sobre gestão de pessoas onde a palavra empatia não seja mencionada.
Nada contra a popularidade de um conceito tão positivo. O problema começa quando, ao tornar-se banal, perde força e profundidade.
🧭 Empatia: mais do que sentir
É por isso que regresso a Daniel Goleman e à sua pequena mas poderosa obra: “Empatia” (coleção HBR, Actual Editora). Aí, o autor apresenta a tríade da empatia:
- Empatia emocional – sentir o que o outro sente
- Empatia cognitiva – compreender a perspetiva do outro
- Preocupação empática – agir com base nessa compreensão
🧑💼 Liderar com empatia é liderar com intenção
No contexto da liderança — que motivou esta reflexão — esta visão tripartida da empatia é fundamental.
O líder que constrói com a equipa é aquele que:
- Sente com o outro,
- Compreende o que leva a esse sentimento,
- E dá um passo maior: atua para transformar a situação.
É aqui que emoção e razão se encontram para criar uma liderança de proximidade, conexão e ação.
🧘♀️ Formação: a ponte para a mudança
No atual contexto de exigência e incerteza, com a saúde mental em destaque, a empatia torna-se essencial para a tão falada humanização do trabalho.
É aqui que entra o papel da formação.
A formação permite:
- Parar e refletir
- Apropriar-se de conceitos
- Aplicá-los à realidade das equipas
- Trocar práticas e formas de agir realmente transformadoras
Pela minha experiência, é nos níveis intermédios de liderança que reside uma parte decisiva da mudança — a que chega mais rapidamente a todas as equipas.
Então… é moda ou é necessidade?
A minha resposta é clara:
A empatia não é uma palavra da moda no contexto da liderança.
É o único caminho para um exercício de liderança sólido, robusto (sim, outra buzzword!) — e sobretudo, eficaz no desenvolvimento de cada um e de todos.
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